terça-feira, 24 de julho de 2007

O PÃO NOSSO DE CADA DIA*

“O pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”.
Mt 6.11-12 (Leia Mt 6. 9-13)
Vivemos uma realidade em que não precisamos clamar pelo “Pão nosso de cada dia”, pois todos os dias, graças a Deus, temos visto “O Pão” sobre as nossas mesas. Nossa abundância de boas coisas faz-nos deixar de apreciar o cuidado diário de Deus. Infelizmente temos caído num grande abismo ao cobrarmos de Deus os nossos luxos como se fossem as nossas necessidades; isto, quando Deus nos promete que o necessário para a sobrevivência nunca irá nos faltar.
A maioria de nós não sabe nada de pobreza, nunca duvidamos do aparecimento de nossa próxima refeição. Temos nos tornado “cristãos mimados”, e isso me leva a refletir sobre como são as ações de um filho mimado. Um filho mimado quer tudo do seu jeito e no seu momento, não se importando com as condições dos seus pais; ele simplesmente quer, deseja, anseia de uma forma tão intrínseca que não pára de pedir enquanto não recebe. A vontade dos seus pais de nada vale, somente o seu desejo tem valor. Como “cristãos mimados”, não aceitamos mais somente o NECESSÁRIO, queremos sempre mais, e passamos a lutar pelo supérfluo.
Realmente é pelo pão diário que oramos e devemos orar, porque é pela graça de Deus que comemos e vivemos cada dia. O Israel antigo recebia o maná diariamente e a sua função diária era de humilhá-los e prová-los. Deus queria que eles aprendessem que eram dependentes dele. É Deus quem dará a capacidade para ganhar, a possibilidade de germinação e o crescimento das plantações, e a habilidade para destruir. Ainda que possamos trabalhar com nossas mãos (Ef 4. 28), entendemos que nosso trabalho não apaga a realidade da dádiva de Deus. “Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo” (Tiago 4:13-17).
Deus não quer que subamos a montanha da vida a sós. Toda a nossa experiência nos ensina que temos um grande amigo invisível, mas muito real, que espera o momento em que nós, conscientes das nossas fraquezas, nos voltemos para Ele, em busca da proteção e auxílio que Ele quer nos dar.
Amados irmãos e irmãs, Cristo nos convida a confiar nele de todo o nosso coração; precisamos entender a eficácia deste convite, para conferirmos a diferença que a vivência desta confiança pode fazer na vida de um ser humano. Caminhando pela fé dia a dia, renunciando nossos desejos para vivermos os desejos eternos do Pai, poderemos usufruir uma vida completamente abundante.
Deus nos abençoe e continue nos capacitando a viver segundo o seu querer!

Felipe Cardoso

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